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Fim do desmatamento e dos combustíveis fósseis permanece prioridade climática

Dinael Monteiro
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© Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

Apesar de não terem sido incluídos na decisão final da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), os planos para eliminar o desmatamento e a dependência de combustíveis fósseis seguirão em desenvolvimento. A afirmação é da ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva.

Em entrevista após sua participação em um programa da Empresa Brasil de Comunicação, a ministra ressaltou que o Brasil manterá a presidência do processo multilateral sobre mudanças climáticas até o final de 2026. Com o apoio de 82 países, da sociedade civil e da comunidade científica, a liderança brasileira se comprometeu a continuar os esforços iniciados na conferência.

“A presidência brasileira viabilizará os esforços e criará as bases para que cada país possa, de forma independente, elaborar seu próprio plano de ação, tanto para reduzir a dependência de combustíveis fósseis quanto para conter o desmatamento”, afirmou a ministra.

Internamente, o Brasil já está empenhado em zerar o desmatamento, por meio de políticas implementadas pelo governo federal desde 2003. Além disso, o país trabalha para se afastar dos combustíveis fósseis de maneira justa, planejada e gradual, e avança com uma matriz energética composta por 45% de energia limpa.

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Ainda segundo Marina Silva, mesmo diante de um processo decisório complexo devido ao cenário multilateral desafiador, a COP30 obteve resultados positivos, como os indicadores de adaptação, as recomendações para triplicar os recursos destinados à adaptação de países em desenvolvimento, a inclusão de povos tradicionais como contribuintes das ações climáticas, a atenção especial às crianças e a participação das mulheres nas decisões.

A ministra também celebrou a intensa participação social, contrastando com as últimas edições da COP realizadas em países com governos que não priorizam o engajamento da sociedade.

“Tivemos uma COP30 com alta qualidade na participação da sociedade, da comunidade científica e do setor empresarial. Foi algo realmente surpreendente”, afirmou.

Além dos mecanismos criados para a mobilização popular, a sociedade esteve presente em Belém e em todo o processo de negociação. “A participação social fez a diferença. Mais de 300 mil pessoas passaram pela Zona Verde. Dentro da Zona Azul, uma área que não tinha a tradição de participação social, a presença da sociedade foi incrível”, acrescentou.

Para Marina Silva, o Brasil deve se preparar para atrair investimentos verdes em um cenário global que não tolerará mais a pressão sobre os recursos hídricos, florestas e biodiversidade.

“Não se trata mais de transformar a natureza em dinheiro, mas de usar o dinheiro que foi ganho em prejuízo da natureza e investir em energia limpa, aumentar a produção agrícola por meio da tecnologia e do ganho de produtividade, otimizando os investimentos e evitando a concentração do lucro em poucos”, destacou.

Na avaliação da ministra, a urgência climática pode ser transformada em uma oportunidade para construir um novo modelo de desenvolvimento global. “Este é o desafio que se apresenta para a humanidade, principalmente para os governos, empresas e setor financeiro, de olhar para essa crise e estabelecer os novos padrões de desenvolvimento para este novo normal”, concluiu.

Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br

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