Macapá deu um passo significativo em direção à igualdade racial na educação com o lançamento da Rede Municipal de Educação Antirracista. O evento, realizado no Teatro Municipal Fernando Canto, marcou o início de uma iniciativa que visa fortalecer políticas educacionais focadas em equidade racial, diversidade e direitos humanos em toda a rede municipal de ensino.
O lançamento ocorreu durante o 1º Encontro de Educação Antirracista, que reuniu aproximadamente 300 participantes. Entre eles, estavam professores, coordenadores pedagógicos, gestores escolares, representantes dos movimentos negro e indígena, além de outras lideranças locais. A iniciativa responde à necessidade de promover ações educativas mais abrangentes e estruturadas, com o objetivo de combater o racismo e assegurar o direito a uma educação de qualidade, baseada no respeito à diversidade e na valorização das identidades.
A programação do evento incluiu apresentações culturais, como a Roda de Batuque com estudantes da Escola Municipal Joanna Santos, do Quilombo do Curiaú. Além disso, o Prof. Dr. Ronaldo Manassés ministrou a palestra magna “Caminhos para uma Educação Antirracista”. O encerramento ficou por conta de Marlon Ferreira, com apresentação de voz e violão, e uma feira de livros com autores amapaenses também integrou a programação.
Gisele Batista, Coordenadora Municipal da Política Nacional de Equidade, Educação para as Relações Étnico-Raciais e Educação Escolar Quilombola (Pneerq), enfatizou o objetivo central da nova rede. Segundo ela, a iniciativa busca estruturar uma política municipal focada na equidade racial, seguindo as diretrizes nacionais e reunindo professores, gestores, pesquisadores e profissionais independentes para construir ações que promovam mudanças significativas nas salas de aula e nas escolas de Macapá.
Edileide Loureiro, professora da Escola Quilombola Joana Santos, destacou a importância da política pública para a sua atuação. Ela considera o lançamento um passo fundamental para fortalecer as práticas pedagógicas e garantir que cada estudante seja valorizado. A professora acredita que a iniciativa ampliará o diálogo, oferecerá suporte e auxiliará na implementação de ações mais justas e conscientes no combate ao racismo nas salas de aula.
Fonte: agencia.macapa.ap.gov.br
