Ministro da Saúde participa de ação para impulsionar doação de sangue e vacinação contra VSR
Em um esforço conjunto para promover a doação de sangue e dar o pontapé inicial na campanha de vacinação contra o vírus sincicial respiratório (VSR), o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, marcou presença no projeto Sangue Corinthiano, realizado neste sábado (6) na Neo Química Arena, em São Paulo. A iniciativa, conduzida voluntariamente pelo Corinthians, visa incentivar a doação de sangue e fortalecer ações de cuidado à saúde.
Esta foi a terceira vez que Padilha participou da mobilização, anteriormente como ministro e médico infectologista. Em suas participações anteriores, em mutirões no Parque São Jorge e em unidades da hemorrede paulista, ele enfatizou a importância da doação voluntária como um gesto contínuo de solidariedade, defendendo a ampliação da doação de sangue e o acesso à vacinação como políticas complementares.
Durante o evento, Padilha reforçou a relevância da vacinação de gestantes contra o VSR, o principal causador da bronquiolite em recém-nascidos. O ato marcou o início da vacinação contra a bronquiolite no estado de São Paulo.
De acordo com informações do Ministério da Saúde, São Paulo recebeu 134,5 mil doses das 673 mil do primeiro lote nacional da vacina, com 34 mil destinadas à capital. A aquisição faz parte de uma campanha que prevê inicialmente 1,8 milhão de doses, com investimento de R$ 1,17 bilhão.
O ministro destacou que o Sistema Único de Saúde (SUS) garante acesso gratuito à proteção contra uma das principais causas de internação infantil. A oferta da vacina no SUS, cujo custo pode chegar a R$ 1,5 mil na rede privada, foi viabilizada por meio de uma parceria com o Instituto Butantan e o laboratório produtor, que prevê a transferência de tecnologia para o Brasil. Com isso, o país passará a fabricar o imunizante, visando ampliar a autonomia nacional e garantir o acesso equitativo para toda a população.
O VSR é responsável por aproximadamente 75% dos casos de bronquiolite e 40% das pneumonias em crianças menores de dois anos. A vacina oferece proteção imediata aos recém-nascidos, reduzindo o número de hospitalizações. Dados de 2025 revelam que, até 15 de novembro, foram registrados 43,1 mil casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) causados pelo VSR no Brasil. Deste total, mais de 35,5 mil internações ocorreram em crianças com menos de dois anos, representando 82,5% dos casos no período.
O grupo prioritário para a vacinação é composto por todas as gestantes a partir da 28ª semana de gravidez, sem restrição de idade, sendo recomendada uma dose única a cada nova gestação. O Ministério da Saúde orienta as equipes de saúde a atualizarem a situação vacinal das gestantes, incluindo influenza e covid-19, com a vacina contra o VSR podendo ser administrada simultaneamente a esses imunizantes.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br
