O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou que o espaço aéreo da Venezuela deve ser considerado totalmente fechado para companhias aéreas. A afirmação foi feita em sua rede social, Truth Social. “O espaço aéreo acima e ao redor da Venezuela está fechado em sua totalidade”, publicou o presidente, estendendo o aviso a traficantes de drogas e de pessoas.
Autoridades norte-americanas teriam expressado surpresa com o anúncio de Trump. Segundo informações, eles não tinham conhecimento de nenhuma operação militar dos EUA em andamento para impor o fechamento do espaço aéreo venezuelano.
O governo da Venezuela respondeu horas depois, condenando a afirmação. Em um comunicado, classificou os comentários de Trump como uma “ameaça colonialista” contra a soberania do país e incompatível com o direito internacional. A atitude foi descrita como “ilegal e injustificada” contra o povo venezuelano.
“Esse tipo de declaração se constitui um ato hostil, unilateral e arbitrário, incompatível com os princípios mais elementares do Direito Internacional e que se insere em uma política permanente de agressão contra o nosso país, com pretensões coloniais sobre a nossa região da América Latina e Caribe, negando o Direito Internacional”, afirmou o governo venezuelano em nota.
A escalada de ações e discursos de Trump contra a Venezuela, sob o governo de Nicolás Maduro, tem se intensificado nos últimos meses. Os Estados Unidos já posicionaram navios de guerra no Mar do Caribe, próximo ao país sul-americano, sob o pretexto de combater o tráfico internacional de drogas e já abateram pequenas embarcações, resultando em mortes.
Há aproximadamente duas semanas, Trump mencionou a possibilidade de iniciar conversas com Maduro, sem, contudo, apresentar detalhes. No entanto, na última sexta-feira, o presidente americano afirmou que poderia ordenar ações terrestres contra os narcotraficantes que alega combater. Em resposta, Maduro solicitou aos integrantes da Força Aérea venezuelana que permaneçam em estado de “alerta, prontos e dispostos” a defender os direitos do país.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br


