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Latino-americanas e caribenhas unem forças a brasileiras em marcha por igualdade

Dinael Monteiro
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© Bruno Peres/Agência Brasil

Milhares de mulheres, incluindo centenas vindas da América Latina e Caribe, somaram suas vozes em Brasília em uma manifestação histórica contra o racismo, o sexismo e a desigualdade social. A 2ª Marcha das Mulheres Negras, que reuniu cerca de 500 mil participantes, ecoou as experiências de opressão compartilhadas por mulheres pretas e pardas em diversos países.

Juana Lopez, defensora dos Direitos Humanos do Panamá, destacou a importância global da marcha, ressaltando que a luta por direitos e respeito deve ser uma prioridade em todos os países. Ela lamentou que a discriminação contra afrodescendentes e mulheres não negras seja uma realidade em seu país.

Alba Nelly Mina, cantora e compositora da Colômbia, país com uma expressiva população negra, enfatizou o poder transformador da marcha como instrumento para a mudança social. María Elvira Solís Segura, também colombiana, atriz, escritora e cantora, dedicou seu ativismo ao apoio aos antepassados e à sabedoria comunitária, lutando por dignidade, bem-estar e liberdade.

Giovana León, representando a minoria afrodescendente do Uruguai, onde apenas 10% da população se identifica como tal, relatou as diversas formas de violência racial enfrentadas diariamente por mulheres negras, desde a infância até a vida adulta. Para ela, a marcha é fundamental para dar visibilidade à causa e garantir o direito a uma vida sem violência.

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Maydi Estrada Bayona, professora da Universidade de Havana, em Cuba, marcou presença no evento. A professora enfatizou o caráter histórico da marcha, vendo-a como um ato de justiça reparativa em memória dos ancestrais que lutaram por direitos fundamentais.

Ernestina Uchoa, vinda do Peru, uniu-se a outras integrantes da Rede de Mulheres Afro Latino-americanas, Afro-caribenhas e da Diáspora (RMAAD), organização transnacional que combate o racismo e a desigualdade de gênero. Ela ressaltou a necessidade de lutar pela igualdade e respeito às mulheres negras, ecoando um sentimento compartilhado por todas as participantes.

Jimena Calderon, de Honduras, também expressou sua solidariedade e união com as demais mulheres, enfatizando a importância de construir juntas um caminho decolonial e antipatriarcal.

A Marcha das Mulheres Negras – 2025, a segunda em dez anos, não se encerra com o evento. Muitas participantes afirmaram que retornarão a seus países e comunidades motivadas a lutar por acesso à saúde, educação de qualidade, emprego e renda, visibilidade em censos e estatísticas, e pelo fim da violência contra mulheres negras.

Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br

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