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G20 se prepara para endossar acordo sobre minerais críticos

Dinael Monteiro
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O grupo das 20 maiores economias do mundo (G20) se prepara para divulgar um documento que prioriza o beneficiamento de minerais críticos nos países de origem. A medida é vista como um avanço significativo para as nações em desenvolvimento, segundo o secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Itamaraty, Philip Fox-Drummond Gough.

A declaração foi anunciada durante uma coletiva de imprensa em Brasília, onde autoridades discutiram a Cúpula de Líderes do G20, que acontecerá neste fim de semana em Joanesburgo, África do Sul. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva estará presente no evento, que neste ano tem a presidência rotativa sob responsabilidade do governo sul-africano.

O embaixador Gough, que participou da coletiva por videoconferência, destacou que minerais críticos são uma prioridade para a presidência sul-africana. “É a primeira vez que se consegue um texto sobre isso”, afirmou, explicando que o documento delineia princípios para a extração e o beneficiamento desses minerais.

Um dos pontos cruciais do acordo é o incentivo ao beneficiamento nos países que extraem os minerais. Gough enfatizou que isso está alinhado com os interesses de países em desenvolvimento que buscam agregar valor à sua produção.

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Minerais críticos são recursos indispensáveis para setores como tecnologia, defesa e transição energética. A oferta destes minerais é considerada suscetível a riscos devido à escassez ou à dependência de um número limitado de fornecedores. Lítio, cobalto, níquel e terras raras são exemplos desses minerais, essenciais para a produção de baterias de veículos elétricos, turbinas eólicas, painéis solares e semicondutores.

O Brasil detém cerca de 10% das reservas mundiais desses elementos, de acordo com o Instituto Brasileiro da Mineração (Ibram).

A Cúpula do G20 será dividida em três sessões, com o documento principal sendo a declaração dos líderes. Apesar de algumas resistências, a presidência sul-africana e o Brasil defendem a emissão da declaração, seguindo o padrão de outras cúpulas anteriores.

A taxação dos super-ricos, um tema defendido pelo Brasil na presidência anterior do G20, também deve estar presente na declaração. O tema será discutido em um evento paralelo sobre desigualdades.

O foco das discussões, no entanto, permanecerá nas questões econômico-financeiras, com uma simplificação no tratamento de temas políticos globais para evitar impasses. A declaração final abordará princípios e direitos internacionais relacionados a guerras e conflitos.

Além da declaração dos líderes, será divulgada uma declaração financeira abordando temas como a sustentabilidade da dívida pública e o estímulo a investimentos.

Após o G20, o presidente Lula seguirá para Maputo, Moçambique, para uma visita de trabalho. Moçambique é um parceiro tradicional do Brasil, especialmente no âmbito da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Os dois países buscam ampliar o comércio e os investimentos, com a organização de um fórum empresarial reunindo empresários brasileiros e moçambicanos.

Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br

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